Na terça-feira(23) iniciou a greve dos professores da rede estadual de ensino. Ao todo, 30% das escolas da rede, paralisaram suas atividades. Com isso, muitos alunos tiveram que voltar para suas casas nesta manhã ou tiveram aula com professores que não aderiram a paralisação.
Entre as reivindicações, estão a descompactação da tabela salarial, concurso público imediato, hora atividade a todos os professores e o fim do confisco dos 14% de professores aposentados.
O coordenador do Sindicato dos Trabalhadores da Educação (SINTE) de Laguna, Rudmar Machado Corrêa informou, nessa manhã, quais os motivos para essa paralisação acontecer. Entre elas, estão o pagamento de salário incompleto e a divulgação de informações exageradas, repassadas para as grandes mídias.
“Nós queremos apresentar os contrapontos do governo, pois o que ele fala nas grandes mídias não é verdadeiro. O professor não recebe o salário de R$5 mil reais por 40h trabalhadas, como foi divulgado em governos anteriores. As nossas escolas não estão em condições adequadas como as escolas municipais, como o governo do Estado divulgou”, conta Rudmar, “A realidade que vivemos dia à dia nas escolas é bem diferente”, conclui.
Nas regiões de Imbituba e Garopaba, 30% das escolas paralisaram, segundo o coordenador do sindicato. Porém nem todos os professores aderiram ao movimento, resultando em diminuição do horário de aula para os alunos. Ainda não há informação oficial da relação, mas já pode-se observar algumas instituições que aderiram à greve:
IMBITUBA:
- E.E.M. Engº Annes Gualberto;
- E.E.B. Henrique Lage;
- E.E.B. Álvaro Catão;
- E.E.B. André de Souza;
- E.E.B. Gracinda Augusta Machado;
- E.E.B. João Guimarães Cabral.
GAROPABA:
- E.E.B. Maria Corrêa Saad;
- E.E.B. Luiz Carlos Luiz;
- E.E.B. Visconde do Rio Branco;
- E.E.B. Professor José Rodrigues Lopes.
A professora de artes, projeto e vida de uma das escolas que aderiram à greve, Viviane, aponta sua visão perante a greve que se instalou.
“Greve mais que necessária. Governador Jorginho Mello e o Secretário da Educação, Aristides Cimado, não valorizam a educação do Estado e desqualificam, com várias ações, os profissionais da Educação”, afirma Viviane, “Escolas onde a temperatura nas sala de aula chegam aos 38 graus com alunos desmaiando; quadras esportivas descobertas, impedindo o exercício e outras atividades; escolas em péssimo estado, com telhados prestes a cair e mofo, salas lotadas de alunos, com estudantes socados entre carteiras, entre outros cenários, fazem parte do dia-a-dia dos professores e professoras”, aborda.
“População deve valorizar a categoria que educa seus filhos e filhas e pressionar o governo para que ele realmente negocie com os professores, coisa que não quis, verdadeiramente, fazer até agora!“, continua, “Quanto mais pressão no governo, mais rápido negociaremos“, finaliza.
As paralisações aconteceram, também, nas demais instituições de ensino da região da Amurel, como as escolas de Paulo Lopes E.E.B. Frederico Santos e as escolas de Laguna como a Saul Ulysseia, Comendador Rocha, Ceal, Ana Gondin e Renato Ramos.