Em sua sexta edição, o Seminário de Educação, Leitura e Escrita (Sele) já se consolidou no calendário de formação docente dos municípios parceiros – Garopaba, Imbituba, Laguna, Pescaria Brava e Paulo Lopes, em Santa Catarina, e Capão do Leão, no Rio Grande do Sul. O evento, que começou na terça-feira (4) com abertura presencial no auditório da Udesc, em Laguna, segue até sexta-feira (7) com programação online transmitida pelo YouTube. A palestra de encerramento será ministrada pelo escritor Daniel Munduruku.

Idealizado pela professora Luana de Gusmão, do Câmpus Garopaba do IFSC, o Sele vem crescendo a cada ano. A edição de 2025 conta com mais de 2 mil inscritos e amplia o debate sobre o papel da leitura e da escrita na formação integral do ser humano.
“Começamos local, depois regional, nacional, e agora o Sele se tornou internacional – o maior evento de formação de professores do IFSC”, destaca Luana. Pela primeira vez, o seminário foi realizado fora de Garopaba, tornando-se itinerante, para aproximar ainda mais os professores das atividades presenciais.
A abertura contou com a presença do reitor do IFSC, Zízimo Moreira Filho, de representantes das prefeituras parceiras e de instituições internacionais. As prefeituras liberam os professores da rede básica e cedem espaços para que participem das atividades, de forma presencial ou remota, como ação de formação continuada.

Para a professora Simone Rogalsky, diretora da Escola Municipal Maria da Silva Abreu, em Garopaba, o evento é esperado todos os anos. “Todos os professores sabem que esse é o momento de assistir ao Sele e debater os temas. O formato híbrido é muito válido, porque permite a participação de todos”, avalia.
Entre as instituições parceiras estão a Udesc, Uniarp, Universidade Federal de Pelotas (RS), Unisul, além de universidades da Espanha, Colômbia, Portugal e México. O evento também conta com apoio da Fapesc.
Troca de experiências
Um dos diferenciais do Sele é a troca entre pesquisadores e professores que apresentam práticas pedagógicas desenvolvidas em sala de aula. “A programação reúne escritores e pesquisadores renomados, mas também os professores que estão na base, compartilhando experiências reais com os estudantes”, explica a professora Marizete Bortolanza, do Câmpus Florianópolis.
A educadora Gislane Alcântara, do CEI Selma Maria Barreto Figueiredo, de Laguna, apresentou um projeto voltado ao trabalho com leitura no berçário. “O berçário vai muito além do cuidar. É um mundo de descobertas. O Sele nos oferece palestras de qualidade e troca de experiências que inspiram nossa prática”, afirma.
A palestra de abertura foi conduzida pela escritora e advogada Penélope Martins, especialista em Direitos Humanos. Para ela, “não formamos leitores, mas inspiramos leitores”. Penélope reforçou que o incentivo à leitura deve envolver políticas públicas, bibliotecas, acervos e, principalmente, a família. “Precisamos lembrar que os livros vieram das histórias das pessoas, daquilo que é precioso no humano”, destacou.

Mostra de Projetos
A Mostra de Projetos do Sele apresenta iniciativas criativas de leitura e escrita desenvolvidas nas escolas dos municípios parceiros. Nesta edição, seis projetos finalistas foram selecionados e serão apresentados durante o encerramento online, nesta sexta (7). Confira:
- Garopaba: Caminhos de Oz – Explorando as Emoções, História e a Natureza;
- Laguna: Explorando o Fundo do Mar;
- Imbituba: Do Brincar à Escrita – Experiências Vivas no Cotidiano da Infância;
- Capão do Leão (RS): Literatura e Matemática na Prática – Entendendo os Valores Sentimentais e Monetários a partir da obra “Quanto Vale”, de Rodrigo Munari;
- Paulo Lopes: Meu olhar sobre a obra: Pequenos Grandes Artistas;
- Pescaria Brava: Rádio Taquara.









