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Érika dos Reis

“Sonho da casa própria virou um pesadelo”: moradora de Imbituba denuncia empreiteiro por golpe em obras não entregues; família repassou mais de R$ 203,5 mil ao construtor

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O que era para ser a realização de um grande sonho se transformou em um verdadeiro pesadelo para uma moradora de Imbituba. Fernanda, que preferiu não expor a identidade do acusado, usou as redes sociais para denunciar um suposto golpe praticado por um empreiteiro da cidade. Segundo ela, o homem recebeu valores expressivos para realizar duas obras — a reforma de sua residência e a construção de seis kitnets —, mas não entregou nenhuma delas.

O caso veio à tona após a vítima compartilhar um relato emocionado nas redes sociais, expondo cronologicamente os depósitos, promessas e frustrações desde novembro de 2023 até junho de 2025. Ao todo, foram transferidos mais de R$ 203,5 mil a contas de familiares do empreiteiro, incluindo pai, esposa e irmão, sem que nenhuma das obras contratadas tenha sido concluída.


Contrato, confiança e promessas não cumpridas

O casal assinou os contratos no dia 16 de novembro de 2023, no cartório do bairro Nova Brasília. No dia seguinte, Fernanda realizou o primeiro depósito no valor de R$ 85 mil na conta do pai do empreiteiro. No dia 20 de novembro, ela e o marido se mudaram para uma casa alugada por R$ 1.300, onde passaram a morar provisoriamente para que a reforma da residência pudesse ocorrer.

Mas, já nos meses seguintes, a empreitada se tornaria um tormento. Entre novembro de 2023 e fevereiro de 2024, a vítima relata ter sido constantemente abordada com novos pedidos de dinheiro, alegando a necessidade de ampliar a obra, mudar a estrutura ou iniciar a construção das kitnets. Depósitos extras variavam entre R$ 5 mil e R$ 25 mil, todos realizados em contas de membros da família do acusado.

Casa inacabada da moradora de Imbituba

No total, mais de R$ 100 mil foram transferidos apenas entre janeiro e fevereiro de 2024. Mesmo diante da ausência de avanços reais na construção, o empreiteiro continuava pedindo recursos, que supostamente seriam usados para a compra de materiais, fundação e levantamento de paredes.


Móveis comprados, casa inexistente e saúde emocional abalada

No início de março de 2024, ainda sem ver o progresso esperado nas obras, Fernanda começou a adquirir itens para a casa nova, acreditando nas promessas do empreiteiro. Cortinas, luminárias, tapetes, balcão de banheiro e outros móveis foram comprados com esforço e parcelas no cartão de crédito.

Em abril, novos valores foram solicitados para aquisição de pisos e laje. Ela comprou o material por mais de R$ 6.600, confiando que a finalização estava próxima. No entanto, o cenário permaneceu estagnado. A situação se agravou quando, no início de maio, o empreiteiro pediu um novo valor, dessa vez de R$ 3.518, para pagar vigotes.

Casa inacabada da moradora de Imbituba

“Ele dizia que faria o depósito de volta, mas nunca fez. Foi um ciclo de mentiras. Cheguei no meu limite”, relatou Fernanda. Com os prejuízos se acumulando, ela passou a apresentar sintomas de ansiedade e depressão, e relata ter se sentido humilhada, enganada e constrangida.


Desabafo nas redes sociais e processo judicial por parte do acusado

No dia 3 de junho de 2025, o empreiteiro teria afirmado ter feito uma transferência para ressarcir a vítima — algo que, segundo Fernanda, nunca se concretizou. Diante do esgotamento emocional, ela publicou um vídeo nas redes sociais relatando sua dor e alertando outras possíveis vítimas, sem citar nomes ou publicar imagens dos acusados.

A resposta foi inesperada: no dia 15 de junho, após ameaçar divulgar fotos caso a situação não fosse resolvida, ela foi informada que estaria sendo processada por exposição de imagem e calúnia. “Fui processada, sendo que não publiquei nenhum nome. Eu sou a vítima, e tem muito mais pessoas passando por isso aqui na cidade”, desabafa.


Repercussão e pedido de justiça

Fernanda afirma que só decidiu tornar o caso público após perder a esperança de resolver a situação de forma privada. Com o vídeo, ela espera que outras pessoas se previnam contra práticas semelhantes. “A única coisa boa que aconteceu nesse período de dor foi que Deus mandou uma neta para acalmar nossos sofrimentos”, conclui, emocionada.

Casa inacabada da moradora de Imbituba

O caso já repercute entre moradores de Imbituba, e outras possíveis vítimas do mesmo empreiteiro estariam se manifestando de forma privada.


Desdobramentos

A vítima pretende formalizar uma denúncia junto às autoridades policiais nos próximos dias. O caso pode configurar, em tese, crimes como estelionato, abuso de confiança e enriquecimento ilícito, além de possíveis danos morais e materiais.


https://chat.whatsapp.com/Ko6tmdGiCiFLPj6WSCikAi

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