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PRESERVAÇÃO E CONHECIMENTO: Sítio Arqueológico em Imbituba passa por ações de proteção

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No último dia 16, o sítio arqueológico Barra da Lagoa de Ibiraquera em Imbituba, recebeu atividade especial voltada para a preservação do local e diálogo com a comunidade. O trabalho foi realizado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em Santa Catarina (Iphan-SC), em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), como parte de ação de cooperação entre as instituições para preservação e gestão dos sítios arqueológicos inseridos na Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca (APABF/ICMBio), localizada no litoral sul do estado.

O sítio arqueológico Barra da Lagoa de Ibiraquera é um sambaqui com presenças de conchas e vestígios de ossos de animais. Delimitado em vistoria técnica pelo Iphan, ainda não há pesquisas ou delimitação arqueológica em profundidade relacionadas a ele. A atividade realizada pelas equipes do Iphan e da APABF buscou debater com a comunidade medidas para reduzir os impactos ao sítio causados principalmente pelas voçorocas, grandes sulcos que se formam no solo devido ao escoamento de água das chuvas e que acabam sendo utilizados por pessoas como forma de acesso ao topo do sambaqui.
Uma das soluções propostas é o bloqueio desse acesso pelas voçorocas, além da sinalização e manutenção de rota alternativa para acesso ao topo como medida emergencial, visando reduzir a erosão e a consequente exposição dos vestígios arqueológicos.

“A equipe técnica reforçou durante a atividade que, por se tratar um sítio ainda não estudado, todos os vestígios perdidos em função da degradação correspondem a informações sobre o nosso passado que serão permanentemente perdidas”, ressalta a superintendente do Iphan-SC, Regina Santiago.

Durante toda a atividade, foi priorizado o diálogo com a população, com orientações sobre a preservação e gestão do sítio e escuta acerca das principais demandas locais. A comunidade, por sua vez, relatou os danos verificados no sítio e os efeitos de alguns empreendimentos na dinâmica local, ao mesmo tempo em que compartilhou conhecimentos tradicionais que podem ser utilizados para a proteção do lugar.

Participaram da ação pescadores mestres dos ranchos da Praia do Luz e da Barra de Ibiraquera, além de moradores interessados e representantes da Câmara Técnica Monitoramento e Proteção do Conselho Gestor da APABF, da Associação de Pescadores de Ibiraquera (Aspeci), Associação de Surf do Rosa (Asper), Conselho Comunitário de Ibiraquera (CCI), Associação da Horta comunitária da Barra de Ibiraquera e Associação de Kite Surf da Barra.

Foto: Iphan-SC

Na ocasião foram definidas as duas trilhas que serão mantidas para acesso ao local, assim como os caminhos a serem fechados. Tais medidas contaram com as contribuições dos representantes dos pescadores, que indicaram as trilhas que dão acesso ao topo do sítio, assim como os trilhos utilizados por turistas e para acesso de motos e veículos adaptados.

Foram estabelecidos, ainda, os locais onde serão instaladas placas de sinalização com o nome do sítio e orientações, outras com indicação de área de recuperação ambiental nas trilhas fechadas e sinalizando a proibição de acesso de veículos no local. Na voçoroca mais profunda, foram instaladas placas e colocados galhos para sinalizar impedimento de acesso.

Foto: Iphan-SC

“A ação é fundamental para o fortalecimento das relações e aproximação da comunidade ao sítio e ao Patrimônio Arqueológico. É um marco na atuação conjunta entre o Iphan, ICMBio e a população local, valorizando a atuação desta na proteção e valorização dos bens culturais que integram a Área de Preservação Ambiental”, complementa Regina Santiago.

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