As exportações de açúcar seguem em ritmo acelerado no Brasil, e o Porto de Imbituba consolida-se como um dos principais pontos de escoamento do produto. Ao lado de terminais como Santos (SP), Paranaguá (PR), São Sebastião (SP), Maceió (AL), Recife (PE) e Suape (PE), o porto catarinense figura entre os mais movimentados do país.
Segundo dados da agência marítima Williams Brasil, até o dia 22 de outubro havia 88 navios programados para carregar açúcar nos portos brasileiros, totalizando cerca de 3,39 milhões de toneladas a serem exportadas até o início de janeiro.
O Porto de Santos continua liderando o volume embarcado, com aproximadamente 2,11 milhões de toneladas, mas Imbituba reforça seu papel estratégico na logística nacional, atendendo à crescente procura pelo açúcar brasileiro. O levantamento considera embarcações já atracadas, em fila de espera ou com chegada prevista até o começo de 2026.
O tipo de açúcar mais exportado segue sendo o VHP (Very High Polarization), que responde por mais de 3 milhões de toneladas dos carregamentos. Outras variedades, como Cristal B150, TBC e VHP ensacado, também estão na lista de exportações.
Apesar do bom desempenho nos embarques, os preços internacionais apresentaram queda. De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), em outubro o valor médio da tonelada exportada ficou em US$ 412,20, redução de 13,3% em relação ao mesmo período do ano passado. A receita média diária atingiu US$ 74 milhões, recuo de 8,1%, reflexo da desvalorização do produto no exterior.
Em contrapartida, o volume médio diário exportado cresceu 5,9%, alcançando 179,6 mil toneladas. Para o setor, o desafio está em manter a competitividade diante do cenário de preços mais baixos, exigindo maior eficiência operacional e atenção constante às variações do mercado global.










