A SCPAR Porto de Imbituba informou, por meio de uma Nota Oficial, que adotou medidas preventivas para garantir a segurança nas operações desta segunda-feira (07), diante da possibilidade de paralisação de caminhoneiros da região. Dois navios estão atracados no porto, operando cargas de importação. A mobilização da categoria foi convocada pelo Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas e Contêineres em Geral de Navegantes e Região (SINDITAC), após a falta de acordo com armadores sobre um reajuste de 16,84% nos valores de frete.
A decisão sobre a paralisação por tempo indeterminado foi tomada em Assembleia Geral Extraordinária, afetando especialmente as operações de transferência de contêineres vazios nas áreas portuárias e retroportuárias. O SINDITAC representa transportadores autônomos de diversas cidades do estado, incluindo Itajaí, Itapoá, Imbituba, Araquari, Blumenau, Brusque, Balneário Camboriú, Joinville, entre outras.
Em resposta ao cenário, a diretoria da SCPAR Porto de Imbituba se reuniu com representantes da Secretaria Estadual de Portos, Aeroportos e Ferrovias (SPAF), Polícia Civil, 34º Batalhão da Polícia Militar e Secretaria Municipal de Fiscalização e Controle Urbano (SEFIC) de Imbituba. O objetivo foi alinhar ações para assegurar a integridade dos caminhoneiros que optarem por manter as atividades normalmente, mesmo com a possível mobilização.
O presidente do SINDITAC, Vanderlei Oliveira, explicou que a base de negociação dos fretes começou em fevereiro, com a data-base fixada em 1º de abril. “Desde outubro do ano passado estamos trabalhando no reajuste do frete junto aos maiores portos do estado. Em Itapoá, as negociações foram encerradas sem necessidade de paralisação; e em Imbituba, o prazo termina hoje”, afirmou.
Ainda de acordo com Oliveira, o movimento pode atingir diretamente terminais, clientes e cerca de 500 motoristas que atuam entre Itajaí e Navegantes, com impacto diário estimado em mil viagens.
A autoridade portuária destacou, em nota oficial, que não participa diretamente das negociações sobre os custos do transporte rodoviário. Seu papel está focado na manutenção da infraestrutura e fiscalização das operações de forma eficiente, sustentável e segura.
