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Passeata quer mobilizar comunidade no próximo sábado contra estupros e outras violências contra a mulher na Praia do Rosa, em Imbituba

HOJE: Passeata quer mobilizar comunidade contra estupros e outras violências à mulher na Praia do Rosa, em Imbituba; saiba como participar

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Neste sábado (15), a Rede Feminina de Proteção Minas do Rosa irá realizar a passeata da campanha #EstamosDeOlho, um ato contra os casos recentes de estupro e outras violências contra a mulher na Praia do Rosa, no Bairro Ibiraquera, em Imbituba. A concentração será às 17h na Praça da Igreja (Centrinho de Ibiraquera), com saída às 18h para um percurso de 2,6 km até o Centrinho do Rosa.

A organização convida a comunidade a participar vestindo preto e trazendo instrumentos musicais, como apitos e tambores, para fazer barulho em um espírito de amizade e união e dar visibilidade à causa. No evento, a organização vai distribuir materiais informativos e protestar contra os recentes casos de estupros na região 

A iniciativa conta com o apoio do Secretário Municipal de Segurança Pública, Trânsito e Fiscalização de Imbituba, Adriano dos Passos Silva e a presença do grupo de Maracatu Eko da Mata. O encontro também servirá para distribuição de materiais da campanha.

Rede amplia atuação no combate à violência contra a mulher

Criada em março de 2022, a Rede Feminina de Proteção Minas do Rosa surgiu como resposta a um crime de violência contra uma mulher na Praia do Rosa. O movimento nasceu da mobilização de mulheres da comunidade local, que prestaram apoio imediato à vítima em conjunto com as autoridades.

Desde então, a iniciativa tem se estruturado para oferecer acolhimento psicossocial e proteção a mulheres vítimas de violência. Em 2024, a Rede se organizou em diferentes comissões para fortalecer os serviços de apoio individual e coletivo. “Nosso objetivo é oferecer uma resposta estruturada e eficaz às mulheres, garantindo suporte emocional e incentivando a manutenção das denúncias”, explica a fundadora Nayara Francine de Souza.

Aumento da violência contra a mulher no Brasil

Apesar dos avanços em legislação e prevenção, a violência contra a mulher segue crescendo no Brasil. Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2024 mostram que, em 2023, mais de 1,2 milhão de mulheres sofreram violência, incluindo homicídios, feminicídios, agressões em contexto doméstico, ameaças e estupros. Esses números, baseados em boletins de ocorrência e pedidos de medidas protetivas, refletem um crescimento em relação a 2022.

Atuação da Rede Feminina de Proteção Minas do Rosa

Em Imbituba e região, a Rede Feminina de Proteção conta com estratégias que incluem apoio psicossocial, oferecimento de suporte emocional, orientação e encaminhamento

através das comissões. A RFP trabalha para promover em um futuro próximo capacitações através de workshops e treinamentos para as participantes sobre temas como acolhimento, técnicas de escuta e manejo do trauma. Para isso, busca parcerias que possibilitem a criação de acordos com instituições locais para fortalecer a rede de apoio.

Em apenas três anos, diversas ações já foram realizadas, desde rodas de conversa com profissionais da saúde sobre violência contra à mulher e seus impactos na saúde mental, aula gratuita de defesa pessoal para mulheres, entrevistas, participação em eventos comunitários, ações sociais para doações de alimentos, roupas, itens de necessidades básicas às famílias que pedem ajuda e até a construção de uma horta comunitária!

“O trabalho realizado pela Rede Feminina fez e faz a diferença na vida de muitas mulheres. Mulheres que são vítimas de violência dentro de casa, no trabalho, na rua, nas suas relações interpessoais, e muitas vezes não identificam a violência. Aqui, elas encontram orientação jurídica, apoio psicológico, acolhimento, conexão e cuidado”, relata Andréa Martins, a Dri, membro da Rede desde 2024. “E trabalhando neste coletivo de mulheres incríveis, descobri uma versão de mim que desconhecia. Fiquei impressionada como somos fortes, criativas, assertivas e determinadas quando trabalhamos juntas. O trabalho da Rede ajuda as mulheres na reconstrução da sua auto imagem, criando uma visão mais positiva de si mesmas. Compartilhando nossas histórias de dor e luta, a culpa dá lugar à força”, completa

A união também foi destaque para a Larissa Rodrigues, voluntária na comunicação da Rede. “Por vezes, a gente é ensinada a competir entre as mulheres, e comigo foi assim, na minha criação. Então, estar num grupo onde não estamos umas contra as outras, e sim, todas buscando um objetivo em comum, é algo muito bonito, e é algo que faz a gente sentir essa força que a gente tem, sabe? Isso inspira, isso anima, e dá forças para que a gente possa continuar.”

Principais reivindicações do movimento

A Rede Feminina de Proteção Minas do Rosa também atua para cobrar melhorias na segurança pública da região. Entre as demandas estão:

  • Maior presença policial, incluindo policiais mulheres, ao longo do ano;
  • Melhor iluminação nas ruas e trilhas;
  • Instalação de câmeras de segurança;
  • Melhor geolocalização das ruas para facilitar o atendimento policial;
  • Palestras sobre racismo estrutural e rodas de conversa com o movimento da mulher negra.

Você também pode apoiar as Minas do Rosa
São diversas formas de colaborar com a Rede, presencialmente ou mesmo de longe. Abaixo você conhece as iniciativas em andamento. Faça parte do Grupo do Whatsapp, onde acontecem discussões, campanhas, informações úteis e onde diversas demandas são apresentadas para colaboração entre as presentes. Siga o perfil @minasdorosa no Instagram e compartilhe os eventos.

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