Um caso inusitado surpreendeu banhistas e surfistas na tarde desta segunda-feira (29), em Imbituba. Um tubarão, da espécie anequim, foi visto pelos frequentadores da Praia da Vila, próximo a faixa de areia. Considerado o tubarão mais veloz do mundo, a fêmea pode chegar a 4,5 metros e pesar cerca de 600 quilos.
Vídeos gravados no local e compartilhados nas redes sociais, na região da Praia da Vila, próximo às pedras da Praia do Canto, mostram a barbatana do animal cortando a superfície da água. Com isso, o banho de mar foi suspenso naquela região.
A bióloga marinha do projeto Educamar, uma ONG catarinense especializada no monitoramento e resgate de fauna marinha no Extremo Sul de Santa Catarina, Suelen Santos, destacou:
“Já houve registros no litoral catarinense, inclusive nas praias do Sul. Essa é uma espécie que vive em águas mais profundas, mas ocasionalmente pode surgir próxima da costa”.
Segundo a especialista, os moradores da região não precisam se preocupar, já que não há registros de incidentes ou ataques dessa espécie no estado. Ainda assim, o ideal é que, ao perceber a presença do animal na costa, não entrar na água para evitar incidentes. O anequim costuma se alimentar de tartarugas, golfinhos e cefalópodes.
Tubarão anequim
O tubarão-anequim (Isurus oxyrinchus), também conhecido como mako-anão, é considerado o mais veloz do mundo, capaz de atingir velocidades que ultrapassam os 70 km/h. Com corpo alongado e hidrodinâmico, pode chegar a 4 metros de comprimento e pesar mais de 500 kg. Esse predador de topo se alimenta principalmente de peixes como atuns e cavalas, além de lulas, e está presente em oceanos tropicais e temperados, incluindo a costa brasileira.
Apesar da imponência e da fama de caçador ágil, a espécie figura na lista de ameaçadas de extinção da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN). O principal motivo é a pesca predatória, já que o anequim é frequentemente capturado tanto por interesse comercial quanto de forma acidental em redes. Especialistas alertam para a necessidade de medidas de preservação, uma vez que o declínio da espécie pode impactar diretamente o equilíbrio dos ecossistemas marinhos.
Com informações do NSC Total
