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SUSTENTABILIDADE: Alunos apresentam projetos relacionados aos problemas ambientais de Imbituba em feira de ciências

SUSTENTABILIDADE: Alunos apresentam projetos relacionados aos problemas ambientais de Imbituba em feira de ciências

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POR ÉRIKA REIS

Sob supervisão do redator Cléber Latrônico

As turmas do 9º ano da Escola Municipal Padre Dr. Itamar Luís Costa, localizada no bairro Guaiúba, em Imbituba, apresentaram na Feira de Ciências, Edição ‘Cidadão do Amanhã’, questões importantes sobre o meio ambiente do município. A atividade foi realizada no último dia 06 de novembro.

Com o gerenciamento da professora Fernanda Oliva Drumond e o apoio das professoras Greicy Oliveira, Renata Martins e Rosângela Vicente – ambas atuantes na educação desde as séries iniciais até as finais – a feira de ciências foi voltada para um assunto que, apesar de comum, é de extrema urgência, não somente para Imbituba, mas para o planeta Terra.

Com focos na sustentabilidade e na preservação das espécies, 45 alunos apresentaram oito projetos relacionados aos problemas ambientais de Imbituba. Dentre eles, estavam os impactos ambientais por tráfego marítimo do porto de Imbituba, poluição por esgoto na praia do Porto, lagoa da Bomba, entre outros.

CONFIRA O RESUMO DAS APRESENTAÇÕES AO FINAL DA MATÉRIA

A professora de ciências, Fernanda, responsável pela organização dos alunos, falou sobre o motivo para colocar em foco a sustentabilidade na feira.

“A ideia é plantar a semente da educação ambiental nos alunos que estão beirando a fase adulta, para que eles consigam compreender o quão importante é cuidar do ecossistema”, diz a educadora.

Professoras responsáveis pela Feira de Ciências
‘Cidadão do Amanhã’

CONFIRA CADA PROJETO

Impactos Ambientais da Ocupação da Praia do Porto

Alunos Valentine, Ryan e Davi

A primeira maquete, apresentada pelo trio Valentine, Ryan e Davi explicou, não somente os Impactos Ambientais da Ocupação da Praia do Porto, mas também quais as consequências para a população que habita o entorno.

“Tanto física, quanto química e biologicamente, a Praia do Porto afeta o ecossistema presente nas praias e a saúde das pessoas que habitam a região”, conta Valentine.

“Além disso, os animais exóticos os quais não são comuns nestas praias que, ultimamente, têm aparecido, são exemplos deste desequilíbrio biológico causado pelo Porto”, afirma Ryan.

Impactos Ambientais por Tráfego Marítimo do Porto de Imbituba

Alunos Vitor, Mirely, Mireli e Maria Clara

A segunda apresentação, feita pela aluna Mirely, abordou os impactos causados pelo Tráfego Marítimo do Porto de Imbituba. Apesar da importância econômica do porto, principalmente pelas exportações feitas para diversas partes do mundo, há grande impacto na biodiversidade da região, pois, segundo a estudante, pode causar o afastamento de espécies marítimas comuns na região e causar encalhes não só de navios, mas também de baleias e de outros animais.

A solução para este problema, de acordo com a estudante, seria a dragagem de areia, que nada mais é do que a remoção do excesso de areia do mar.

Poluição por Esgoto na Praia do Porto

Alunas Nicolly, Sara e Marina.

A terceira apresentação, feita pelo trio Nicolly, Sara e Marina, expôs a Poluição por Esgoto na Praia do Porto. Segundo as alunas, grande parte da poluição vem pela calha do bairro Divinéia e também do Centro. O lançamento do esgoto nos mares pode causar a proliferação de microrganismos, bactérias, fungos prejudiciais às pessoas, animais e vegetação, causando, principalmente, doenças de pele e respiratórias.

“Apesar da ação de vários defensores ambientais, como a APA da Baleia Franca e o Instituto do Meio Ambiente, as soluções parecem estar estagnadas devido o aumento populacional e desenvolvimento urbano observado nos últimos anos“, explica Sara.

A solução, segundo o trabalho do trio, seria o tratamento de esgoto nas casas – como instalação de poços artesianos -, a utilização de produtos ecológicos para filtrar a água, administrar o descarte de óleo de cozinha e, principalmente, o poder público investir no saneamento básico.

A poluição do Coque do Porto de Imbituba

Alunas Luana, Miguel, Isabele e Daniela

Os alunos Miguel, Luana, Daniela e Isabele apresentaram o quão prejudicial é o coque – um tipo de carvão mineral altamente carbonizado, utilizado em combustíveis fósseis. Por Imbituba ser considerada a ‘cidade do vento’, o carvão mineral que é transportado pelos caminhões de carga até o Porto espalha-se, causando diversos impactos ambientais como a poluição do ar, causando doenças respiratórias, bem como da água.

“Aqui em Imbituba só há uma usina de tratamento de esgoto, localizada no Paes Leme, mas ainda, a água é tratada de forma inadequada”, conta Vitória.

O grupo aconselha aos órgãos responsáveis, que mantenham um bom armazenamento, principalmente do coque, através de um aumento na fiscalização das empresas de armazenamento das cargas do Porto. Pois, segundo a apresentação, ajudaria a combater a poluição tanto da natureza terrestre quanto do ar que toda a população respira.

Bioluminescência Marinha em Imbituba.

Alunos Lucas, Gustavo e Humberto

Esta apresentação, feita pelos alunos Bruno, Gustavo, Humberto, Lucas e Nicolas, sobre a bioluminiscência marinha, ocorrida no início deste ano, abordou questões relacionadas à poluição natural no mar.

‘Este fenômeno aconteceu devido a grande proliferação de algas uniflageladas de plânctons no mar. Conforme a quebra das ondas, ocorre a luz azul brilhante’, explica Nicolas.

Por serem algas, este fenômeno não é prejudicial no litoral brasileiro. Porém, em outros lugares do mundo, a proliferação destes plânctons pode se tornar tóxica, causando doenças de pele, queimaduras, problemas intestinais e, inclusive, o mal de alzheimer*.

A causa deste fenômeno nas praias da cidade pode ter ocorrido devido as enchentes do Rio Grande do Sul, que acabaram trazendo as algas para as praias de Santa Catarina.

*O Portal AHora foi atrás de como a proliferação destes plânctons pode ser prejudicial ao ponto de causar a doença alzheimer. Em uma pesquisa, localizamos uma matéria do Instituto Butantan, a qual afirma que os cientistas identificaram compostos da água-viva que melhoram a conexão entre os neurônios que ajudam no desenvolvimento da neuroinflamação da doença. Confira a matéria clicando neste link.

Impactos nas Dunas da Ribanceira

Alunos Bruno e José Luiz

Esta apresentação, sobre os impactos nas dunas da Ribanceira, abordou questões importantes para a preservação desta atração turística. Devido o crescimento desordenado da urbanização e o turismo descontrolado, as dunas sofrem, principalmente na temporada de veraneio, com o descarte de lixo, garrafas plásticas e papéis de alimento na região, afirma o grupo.

“Este tipo de poluição faz com que animais aquáticos e aves morram, pois os mesmos confundem com comida e, até mesmo, se prendem em meio ao lixo”, afirma Bruno.

A solução que os alunos apontaram foi propor uma maneira de conscientizar os turistas e moradores da região através de propagandas, cursos e placas nestes ambientes naturais, que podem lembrar as pessoas de como é simples e prático preservar o ambiente.

A dupla também destacou o monitoramento ecológico, que estuda a saúde das dunas de areia e sobre os pontos turísticos de maior destaque. E sugerem que o município invista no turismo sustentável, que visa disponibilizar materiais que podem ser utilizados pelos turistas. Ferramentas como: saco de lixo, mochila para guardar os resíduos e descartar em casa.

Lagoa da Bomba

Alunos Maria Eduarda, Isabela, Carlos Eduardo e Alícia

A Lagoa da Bomba, localizada no bairro Paes Leme, ao lado da Estação de Tratamento de Esgoto, tem sido alvo de bastantes comentários, principalmente dos moradores da região, pela degradação notável, segundo os alunos.

“Atualmente, devido aos danos ambientais causados pela condição da água, a vizinhança tem reclamado de mau cheiro vindo da água e a quantidade de mosquitos e insetos presentes na região”, conta Maria Eduarda.

Segundo a aluna, essa poluição é resultado de decisões erradas feitas no passado, mas ‘nem sempre foi assim’.

“Nos anos de 1981 e 1982, a água desta lagoa chegou a contribuir com o abastecimento do município. Com o crescimento e desenvolvimento urbano, o local foi se deteriorando até a situação se agravar com o lançamento de esgoto sanitário em suas águas”, conta.

“Além disso, o esgoto nunca teve tratamento adequado pela prefeitura”, destaca Isabela.

“Atualmente, tornou-se comum as ligações clandestinas na lagoa em questão. Mesmo sendo ordenado pela prefeitura a fiscalização das moradias da região, percebe-se, ainda, que não há um policiamento adequado”, afirma o estudante Carlos Eduardo.

Reflorestamento

Alunas Ana Vitória e Natalie

Segundo as alunas, o Reflorestamento é importante para a melhoria do ar, combate o calor, restaura a biodiversidade e ajuda no combate de mudanças climáticas. Sem as árvores, o verão se tornaria muito mais quente, causando desidratação e ressecamento de plantas, animais e seres humanos.

“Sem as árvores, nós não sobreviveríamos”, conta Natalie.

A partir destas apresentações, os alunos e as professoras ressaltaram a importância de investir em soluções para estas problemáticas.

“A fiscalização e o investimento na sustentabilidade garantirá um futuro melhor para os ‘Cidadãos do Amanhã”, finaliza a professora Fernanda.

Alunos da rede municipal de ensino apresentam projetos relacionados aos problemas ambientais em feira de ciências

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