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Na coluna À Flor da Pele, Érika Bernardes trata de um tema preocupante: “A Dependência Cibernética”

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A DEPENDÊNCIA CIBERNÉTICA

No início dessa semana, não se falava outra coisa: a queda das redes sociais Instagram,Facebook e Whatsapp – que, na verdade, fazem parte da mesma empresa, o Facebook. Essa queda fez com que ficássemos, uma grande maioria da população brasileira, sem rumo. Afinal, de acordo com pesquisas feitas pelo G1, o Brasil é o quarto país que mais utiliza essas redes como forma de comunicação, entretenimento e trabalho. Agora, como isso afeta tanto a vida das pessoas? E por que afeta?

Há um mês atrás, vi um documentário na Netflix falando sobre as Redes Sociais e o que há por trás desses gigantes da internet, e várias coisas fizeram sentido para mim. O por quê de haver tanta ênfase nas questões das diferenças políticas, crise econômica e crise social; por quê de, no momento atual que estamos passando – avanços na tecnologia, brigas na família por discordâncias políticas, entre outros motivos -, haver tanta preocupação no modo em que expressamos as nossas opiniões. E o que me deixa mais perplexa: a saúde mental das pessoas em relação à internet. Por quê, cada vez mais, os jovens estão mais viciados nas redes e mais doentes de autoestima e ansiedade? Os jovens adultos – dos 18 aos 25 – estão cada vez mais obcecados por status, riquezas e imagem, por que disso?

Pesquisa feita em 2014 e 2015 que mostra o ranking de países que tem a população mais viciada em smartphones. Em 2014, o Brasil estava em oitavo lugar, e em 2015, ele subiu para quarta posição (FONTE: site TechTudo)

A tecnologia tem avançado significativamente nessa última década. Descobertas tecnológicas que nos proporcionam maiores chances de, por exemplo, viajar: se pesquisar a cidade de Paris no Google Maps, você consegue “caminhar” pelas ruas da Cidade Luz. Você consegue chamar seu almoço num só clique e até mesmo fazer comprar internacionais apenas utilizando seu e-mail e senha de login. Basicamente podemos fazer tudo numa tela de celular. Mas, até onde essa praticidade é saudável?

O cérebro humano é magnífico, ele tem um tipo de HD Muscular, que quando exercitado, bem cuidado, limpado e alimentado com frequência, pode se tornar mais forte e resistente aos percalços da vida. Porém, quando mal cuidado – com alimentação completamente industrializada, vídeos desnecessários, e muita praticidade para desenvolver tarefas simples –, o cérebro fica preguiçoso. Sabe aqueles hormônios do prazer: endorfina, dopamina, serotonina e ocitocina?

Quando você compra algo na internet que te dá uma satisfação enorme, é liberado sim, esses hormônios, porém em um curto período de tempo. Já a experiência de: pegar o carro ou o ônibus, se dirigir até a loja e comprar algo com o dinheiro do seu trabalho, exercita não só o cérebro 100x mais, mas exercita virtudes como tolerância e paciência; exercita o corpo com a caminhada; sem falar da questão do planejamento: “tenho que chegar no trabalho às 13:30, vou sair de casa às 12:30, e terei uma hora para fazer as compras”. Claro, você passará mais trabalho, mas seu cérebro, no final do dia, estará exausto e a única coisa que vai querer é descansar: dormir bem e por uma noite inteira – evitando ataques de ansiedade, insônia e depressão.

Por que alguns jovens estão tendo ataques tão cedo? AVC, Transtornos de Ansiedade, crises de pânico e muitas outras crises… Não que não tenha uma explicação científica, tenho certeza que muitos cientistas fizeram descobertas completamente inovadoras. Mas, a tecnologia, apesar de ser um avanço para a humanidade por um lado, do outro está deixando nossos jovens doentes – porque com a tecnologia, vem o excesso de informação que já abordei, com o excesso de informação vem a indignação, logo começam a procurar refúgios como vícios, ou coisas nada saudáveis na internet, e assim a sociedade não anda pra frente, e sim fica estagnada.

Perderam-se os hábitos de ler livros, ir até um lugar pra comer, ir na academia se exercitar, ir na biblioteca pesquisar um livro que você ouviu falar, tudo agora está em nossas mãos: celular, notebooks, tablets… 

Será que não é hora de repensar o uso da tecnologia? Incentivar nossas crianças a ler, a escutar algo e questionar, não levar para uma verdade absoluta. Essas pessoas de maior conhecimento, influenciam as pessoas de menor conhecimento, só que algumas dessas pessoas tem más intenções e só querem lucrar. Robozinhos é o que queremos ser?

Opinião:
Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal AHora

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