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Na coluna À Flor da Pele, Érika Bernardes destrincha a tão difícil “Busca por Equilíbrio” em nossa atual sociedade

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A Busca por Equilíbrio

A busca por equilíbrio emocional está se tornando cada dia mais difícil em uma sociedade na qual, cada vez mais, achamos que cobra de nós responsabilidades. Desde cedo nos é ensinado – e até mesmo imposto – que a sociedade cobra, a sociedade é a vilã da história. Criamos então, uma auto cobrança de:

“Eu tenho que ser equilibrada.”
“Eu tenho que agir de tal forma.”
“Eu tenho que ponderar.”
“Eu tenho que ter paciência”

E a raiva por si mesmo aumenta a partir do momento que não conseguimos realizar tais ações. Afinal, aprendemos o certo e o errado, por que não os realizamos? Seria hipocrisia. E assim, nos afundamos.

Buscar ajuda é o indicado. Principalmente quando essa tristeza começa a virar rotina, mas onde está a força para buscar ajuda, se nem mesmo sabemos o porquê de estarmos assim? A busca por equilíbrio diante de tanta pressão que fazemos a nós mesmos parece estar tão distante.

E vícios acontecem. Drogas, bebidas, séries, celular e até mesmo limpeza! Deixar passar é a solução? Estudar mais sobre si mesmo ajuda? O tempo está passando. Completasse 18 anos, é hora de procurar emprego. E se não encontrar? Hora de estudar, e se não conseguir? Hora de procurar ajuda, e se não tiver? A ansiedade começa quando há vários “E se” e nenhum “É isso”.

E chega os 20, e você não conseguiu nada. Chega 25, 30, 40 anos e começamos a nos comparar com o vizinho que tem estabilidade financeira, esposa, filhos, um emprego top. E você está aí: estagnado. E o otimismo e esperança se perdem. Os sonhos do Ensino Médio de viajar para outro país, ou ter o emprego dos seus sonhos, uma família ‘comercial de margarina’, já parecem impossíveis de realizar. E você está aí: estagnado. Sem saber por onde começar.

“Eu não tive oportunidades.”
“Não nasci em berço de ouro”

“Eu tive um filho jovem, tudo mudou desde então.”

Sempre. Sempre colocamos a culpa nos terceiros, e se não, nos culpamos. Mas, não saímos do lugar. Não saímos do lugar. Por que não mudamos isso? A mente está funcionando 24 horas por dia, por que não colocarmos o corpo em movimento também? Agir. Levantar e fazer por nós, não pelos outros. Aceitar que não deu certo, não era pra ser, e seguir em frente. Todos os dias. Não compararmos nossas vidas com as de outras pessoas. Aceitar que não temos oportunidades mas lutar para conseguirmos. Afinal, de que valeria a vida senão isso. Estar sempre lutando para conseguir encontrar a paz de espírito! Não querer lutar, não é uma opção. Não se cobre, tudo acontece no momento que tiver que acontecer, mas esteja sempre em movimento, como o Universo. Você é um Universo.

Encontramos o equilíbrio em nós mesmos. Somos bem e mal. Qual gostaríamos de
exercitar mais?

Sobre a Colunista

Sou Érika dos Reis Bernardes, – oiii – tenho 21 anos e sou uma “fisólofa” – isso mesmo que você leu, não é erro de digitação. Já que não tenho estudo acadêmico a ponto de filosofar como Platão, Aristóteles, entre outros filósofos, prefiro me enquadrar no senso comum de pessoas que dão pitaco em tudo. 

Uma ‘jovem adolescente’ que ama estudar seu próprio comportamento e que tem prazer em filosofar sobre a vida. Passei boa parte dos meus 21 pensando e aprendendo, principalmente no período em que lutava para me recuperar de um AVC ocorrido, em 2012, assim que cheguei a Imbituba, na escola. Que me acarretou em graves limitações físicas. Tive complicações como hidrocefalia e durante anos precisei reaprender a andar e a falar. 

Nas colunas abordo assuntos que mexem com a cabeça de qualquer adulto: A MENTE DE UM ADOLESCENTE E DO JOVEM. Nestes textos que escrevo semanalmente, trago a verdade nua e crua de um adolescente, mas de uma forma mais poética e dramática, típica do universo Teen. Mostro também minha visão de mundo, em relação a questões sócio culturais que nos atingem. Sem defender os jovens, mas também sem passar a mão na cabeça dos adultos.

Sim! Sou uma guria que recém saiu das fraldas que quer dar uma de “sabe tudo” no Portal! Talvez? Quem sabe? Quem sou? Pra onde vou? Quem fui?

À Flor da Pele é, com toda certeza, o sinônimo de adolescência e juventude. Hormônios, vida, arte, drama, rock’n’roll, sexo, teorias, ideologias que explodem na mente e no corpo dos jovens. Como saber lidar com tudo isso? Mostro o quão neutros precisam ser os pais nessa fase. E o quão conhecedores de si mesmos, os jovens precisam ser para passar por essa incrível saga.

Opinião:
Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal AHora

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