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FOTOS: Festa do Divino Espírito Santo e Sant’Anna de Vila Nova 2021: 269 anos de tradição Açoriana; por Ronaldo Pires

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Por volta de 1750, já se encontram com boa quantidade de Açorianos na Freguesia Sant’Anna de Villa Nova. Açorianos vindos das levas de casais entre 1748 a 1756, ante ao edital lançando pela Coroa Portuguesa. Assim, iniciam a prática da devoção do Divino Espírito Santo e a Padroeira Sant’Anna. 

Imbituba: Festa em Honra ao Divino Espírito Santo e Sant'Anna de Vila Nova. Ronaldo Pires
Festa em Honra ao Divino Espírito Santo e Sant’Anna de Vila Nova. Fotos: Ronaldo Pires

Em 1804, eles recebem por ordem real a vinda do Santíssimo Sacramento, que fortalece mais a Irmandade do Divino Espírito Santo. Desde essa época, o culto às festividades ao Divino Espírito Santo vem sendo realizado por essa comunidade de fé, uma das mais antigas do sul do Brasil. 

Passando por várias influências culturais, a Festa do Divino Espírito Santo mantém a essencial principal,  sendo realizada há mais de meio século no mês de julho, no dia da Padroeira Sant’Anna, 26 de julho de cada ano.

A Casa Açoriana,  desde sua fundação,  participa e coopera com os Festeiros para a realização da Festa.

No ano de 2020, com o agravo da pandemia, não houve os festejos, sendo realizada cerimônia on-line. Neste ano, com todos os cuidados e amenizada mais a pandemia, conseguiu-se realizar uma Festa, com maiores cuidados.

Então,  festejamos a 269° Festa em Honra ao Divino Espírito Santo e Sant’Anna de Vila,  na cidade de Imbituba,  no Estado de Santa Catarina,  Brasil.

E é com muito orgulho, divulgamos nossa tão preciosa herança Açoriana com nossos irmãos além-mar!

269 anos de tradição Açoriana

A origem remonta às celebrações religiosas realizadas em Portugal a partir do século XIV, nas quais a terceira pessoa da Santíssima Trindade era festejada com banquetes coletivos designados de Bodo aos Pobres, com distribuição de comida e esmolas. Tradição que ainda se cumpre em algumas regiões de Portugal.

O assunto é muito abordado pelo professor Agostinho da Silva. Há referências históricas que indicam que foi inicialmente instituída, em 1321, pelo convento franciscano de Alenquer, sob proteção da Rainha Santa Isabel de Portugal e Aragão.

A celebração do Divino Espírito Santo no planeta teve origem na promessa da rainha, D. Isabel de Aragão, por volta de 1320. A Rainha teria prometido ao Divino Espírito Santo peregrinar o mundo com uma cópia da coroa e uma pomba no alto da coroa, que é o símbolo do Divino Espírito Santo, arrecadando donativos em benefício da população pobre, caso o esposo, o rei D. Dinis, fizesse as pazes com seu filho legítimo, D. Afonso, herdeiro do trono. De acordo com os documentos, D. Isabel não se conformava com o confronto entre pai e filho legítimo em vista da herança pelo trono, pois era desejo do rei que a coroa portuguesa passasse, após sua morte, para seu filho bastardo, Afonso Sanches.

Diante do conflito, a rainha Isabel passou a suplicar ao Divino Espírito Santo pela paz entre seu esposo e seu filho. A interferência da rainha teria evitado um conflito armado, denominado a Peleja de Alvalade.

Essas celebrações aconteciam cinquenta dias após a Páscoa, comemorando o dia de Pentecostes, quando o Espírito Santo desceu do céu sobre a Virgem Maria e os apóstolos de Cristo sob a forma de línguas como de fogo, segundo conta o Novo Testamento. Desde seus primórdios, os festejos do Divino, realizados na época das primeiras colheitas no calendário agrícola do hemisfério norte, são marcados pela esperança na chegada de uma nova era para o mundo dos homens, com igualdade, prosperidade e abundância para todos.

Casal de 1º Festeiros Júlio e Regina Demetri preparando coroação

A devoção ao Divino encontrou um solo fértil para florescer nos territórios portugueses, especialmente no arquipélago dos Açores. De lá, espalhou-se para outras áreas colonizadas por açorianos, como a Nova Inglaterra, nos Estados Unidos da América, e diversas partes do Brasil.

A CORTE  IMPERIAL
 

A Corte Imperial é outra tradição mantida na Festa do Divino de Vila Nova, há muitos anos. Embora na Festa do Divino da Vila Nova e nem no Mirim não é feito fora da Igreja o Império do Divino como se vê nas Festas das Ilhas dos Açores, principalmente nas Ilhas de São Miguel, Pico , Faial , Ilha Terceira e São Jorge e Vila Madalena, co-irmã de Imbituba, mesmo assim, se organiza os locais como se fossem o Império do Divino, para manterem a tradição, e onde os festeiros em procissão com bandeiras e indumentárias do Espírito Santo, nos dias principais da Festa, apanham o Imperador e a Imperatriz para as celebrações festivas .     
 
A CORTE IMPERIAL é formada pelo Imperador, a Imperatriz e os Pajens de Honra e as daminhas com ricas indumentárias . Existe no momento do Ofertório da Missa festiva do Domingo a “ cerimônia da coroação” do Imperador e a entrega do cetro Imperial á Imperatriz pelo padre celebrante da Missa.

No momento do Ofertório, a Cantoria da Bandeira também se faz presente com cantos repentistas em honra ao Divino:

No Final da Missa , a Corte Imperial instalada no Alta da Igreja, deixa a Igreja e vai para o Salão de Festas acompanhada com a Cantoria do Divino.                   
 
As Cores predominantes nas festas do Divino da Vila é o Vermelho e Branco. O Vermelho (fogo / fé/ amor) do Espírito Santo e o branco da Pomba do Divino (paz).( vide significado das cores).

Referência Bibliográfica

 [1] Do livro “ História de Santa Catarina – Cultura e Folclore .MARTINS, Almir
.2.003.VoxLegem .inédito  – e Informações constantes do Tomo XV, 1852, p.14-41 da
Carta de  Luiz Ramirez -biblioteca Escorial – Madrid .Romanceiro Açoriano – 1997.

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