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À Flor da Pele: colunista Érika Reis Bernardes estreia no AHora “fisolofando” à questão: “O que é ser um jovem no Século XXI?”

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Querido Leitor(a)

Sou Érika, – oiii – tenho 21 anos e sou uma ‘fisólofa’ – isso mesmo que você leu, não é erro de digitação. Já que não tenho estudo acadêmico ao ponto de filosofar como Platão, Aristóteles, entre outros filósofos. Prefiro me enquadrar no senso comum de pessoas que dão pitaco em tudo.

Nas colunas que escreverei – SIM GENTEEEEE EU TÔ NO PORTAL AHORA, TÔ NERVOUSER, MANHÊÊÊ VIREI COLUNISTA – terão assuntos que mexem com a cabeça de qualquer adulto: A MENTE DE UM ADOLESCENTE.

Nestes textos que escreverei semanalmente, trarei a verdade nua e crua de um adolescente, mas de uma forma mais poética e dramática do universo Teen. Mostrarei também minha visão de mundo, em relação a questões sócio culturais que nos atingem. Sem defender os jovens, mas também sem passar a mão na cabeça dos adultos.

Sim! Sou uma guria que recém saiu das fraldas que quer dar uma de sabe-tudo no Portal! Talvez? Quem sabe? Quem sou? Pra onde vou? Quem fui? A Flor da Pele é, com toda certeza, o sinônimo de adolescente. Hormônios, vida, arte, drama, rock’n’ roll, sexo, teorias, ideologias explodem na mente e no corpo dos jovens. Como saber lidar com isso?
Eis que, mostrarei o quão neutros precisam ser os pais nessa fase. E o quão conhecedores de si mesmos, os jovens precisam ser para passar por essa incrível fase.

Em minha primeira coluna, irei mostrar minha visão em relação ao jovem do Século
XXI. O que passamos, quais nossas angústias e medos, e acima de tudo: o porquê de
fazermos o que fazemos. Com a neutralidade acima de tudo e principalmente, a emoção
à flor da pele de um jovem adulto.

Prazer, sou Érika dos Reis Bernardes, uma adolescente que ama estudar seu comportamento e que tem prazer em ‘fisolofar’ sobre a vida.

O que é ser um jovem no Século XXI?

Impossível começar minha carreira como colunista sem opinar sobre o que é ser um jovem neste século em que tantas coisas aconteceram e estão acontecendo. Caso alguém discorde, sinto muito, mas é fato o que está acontecendo.

Estou lendo um livro chamado “Criança Orquídea”, do escritor e pesquisador de saúde pediátrica americano W. Thomas Boyce. Esta obra literária fala justamente de pesquisas sobre como diferenciar uma ‘criança orquídea’, com uma criança ‘dente-de-leão’. Agora, o que são crianças orquídea e dente-de-leão?

A flor orquídea não se adapta em qualquer local, é preciso ter muita paciência para ajudá-la a se desenvolver em um local específico, que não seja num jardim com terras férteis. E para ela se adaptar e reproduzir-se é necessário mais cuidado: ao falar com a flor, a cortar as folhas que murcham, e principalmente a nutrição da terra. Algumas crianças são como orquídeas, sensíveis a fatores de estresse extremos, se não forem bem cuidadas, podem se tornar adolescentes rebeldes, adultos infelizes. Porém, se bem cuidadas, se desenvolvem na saúde, na carreira e na vida pessoal, podendo ter sucesso em várias áreas da vida. Isto é, as crianças orquídeas são mais propensas à se tornarem aquilo que o ambiente possibilita.

A planta dente-de-leão pode nascer onde você menos esperar, e são mais consistentes a temperaturas elevadas ou muito frias. Se adaptam melhor à qualquer biosfera e não deixam que os ambientes os influenciem. Então, podemos concluir que as crianças dentes-de-leão podem sim, se adaptar sem “mi-mi-mi” à qualquer ambiente, sem sofrer tanto. Porém não é garantido que tenham sucesso. É aquele tipo de criança que age mais pela razão do que pela emoção.

Diante deste contexto, os jovens deste século, em grande maioria, estão mais sensíveis. Vemos muitos adolescentes, inclusive eu, com ansiedade a mil e traços de algum transtorno que podem ou não evoluir para não apenas traços. Mas por que os jovens de hoje estão tão suscetíveis?

Uma grande maioria entra para o mundo das drogas, outros vivem à base de remédios antidepressivos, por quê? Entendam, pais. A adolescência é a fase em que uma criança que era tratada como criança, do nada começa a ter responsabilidades: com seu quarto, com os deveres de escola, com as pessoas à sua volta, quem sou, pra onde vou, com quem vou. Sem falar nas questões de relacionamentos afetivos: será que sou heterossexual, bissexual ou homossexual? Será que não sou nada disso? O que eu sou? Pensa numa fase chata! No passado, – dos pais, avós, bisavós e assim por diante – havia a questão do medo, não havia tanta informação sobre vários assuntos tabus. Os pais eram mais exigentes. Agora, por conta das inúmeras informações, a globalização e liberdade de expressão, tudo se tornou mais difícil. Pois o que antes vocês temiam, hoje já duvidamos se realmente vocês estão certos ou não, isto é, nos deram poder de fala.

Quando fazemos 18 anos, respondemos por nossas ações. Mas o que é certo? E o que é errado? Nos ensinaram que roubar é errado, mas por que é errado? Eis o ponto que quero chegar. Os pais são os pilares de uma pessoa. Se os pais não souberem como educar seus filhos com explicações do que é certo e errado, só o mundo irá ensinar.

“Ah mas Érika, e quem é mãe/pai jovem, que não viveu a vida?” 

Reflita sobre o que você não teve na sua infância, ou o que você acha certo e errado na sua criação, para educar um ser humano em desenvolvimento. Nestes tempos que cobram de nós maturidade, pensem em como cobrar, para que, por motivação dos hormônios também, não nos revoltemos contra vocês. Muitos fazem isso, não é uma ameaça, ok? 

Procure pesquisar mais, queira sempre ser melhor que seus pais. Adolescência é uma fase que a pessoa precisa definir o que ela é. As crianças dentes-de-leão viram pessoas firmes. As crianças orquídea viram pessoas sensíveis. Se querem criar pessoas boas, sejam bons pais. Explicando tudo, vocês são nossos professores. Ensine a pedir por favor, a se referirem a vocês como senhor e senhora, e respeitar aos mais velhos. As crianças são espelhos dos pais, então sejam um espelho melhor. Desapegue-se das imagens, ninguém têm o direito de opinar sobre sua vida, faça o que for bom para sua família, independente do que as outras pessoas falarem. E achem tempo para conversar com seus filhos, mesmo que eles achem chato. Lá na frente eles irão agradecer. Não sou mãe, mas sou uma adolescente que vê as coisas como elas são, e que podem mudar se cada um fizer sua parte.

PS: A belíssima arte da capa deste artigo foi desenvolvida pela querida amiga e artista Sarah de Paula Moraes, grande parceira de Érika no Ensino Médio.

Érika R. Bernardes, 20 de Fevereiro de 2021
Imbituba, SC

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Opinião:
Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal AHora

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