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Érika dos Reis

Craque imbitubense Jorginho, uma das estrelas do Flamengo, revela que tem grandes chances de virar treinador após ‘pendurar as chuteiras’

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O jogador de futebol Jorginho, nascido e criado em Imbituba e hoje uma das principais estrelas do poderoso elenco do Flamengo, revelou em entrevista ao repórter Bruno Braz, do site UOL, que já vislumbra o futuro fora das quatro linhas: o de treinador de futebol.

Mesmo sem confirmar 100%, o campeão da Eurocopa de 2020 com a seleção italiana reconheceu que a probabilidade é grande.

“Vou ser um treinador? Não sei ainda. Mas tem grandes chances, digamos”, afirmou Jorginho, em trecho da conversa com o repórter do UOL.

Segundo o imbitubense, o interesse pela área surgiu de forma inesperada, ainda quando defendia o Arsenal, da Inglaterra.

“Cheguei no Arsenal e me perguntaram: ‘Você quer tirar carteirinha de treinador aqui?’. Eu falei que não, estava tentando correr disso (risos). Mas aí me empurraram um pouco, e quando fiz o primeiro treino com os meninos da base, pensei: ‘Caramba… isso é muito bom’. E comecei a gostar desse outro lado do futebol”, contou o meio-campista ao UOL.

Da carne ensopada ao topo do futebol

Na entrevista exclusiva concedida ao repórter Bruno Braz, no Ninho do Urubu, o atleta relembrou momentos marcantes da trajetória que o levou de Imbituba à elite do futebol mundial. Entre os episódios mais duros, Jorginho citou os anos de adolescência na Itália, quando morou em um alojamento precário na região do Vêneto.

“Fui pra lá com 13 anos, fiquei dois anos com outros meninos da minha cidade. Foi o perrengue mais pesado da minha vida. No inverno não tinha água quente para tomar banho e a comida era sempre a mesma. Quando voltei, não conseguia sentir o cheiro de carne ensopada, porque era o que comia todos os dias”, recordou.

Mesmo diante das dificuldades, o volante recusou o pedido da mãe, Maria Tereza, para voltar ao Brasil.

“Minha mãe foi me visitar, viu o estado do alojamento e disse: ‘Você vai embora comigo’. Eu respondi: ‘Não vou. Essa é minha oportunidade, vou ficar aqui, porque se depois eu não virar jogador, vou te culpar para o resto da vida’”, relatou.

A difícil escolha entre Brasil e Itália

Durante a entrevista a Bruno Braz, Jorginho também revelou que hesitou antes de se naturalizar italiano e defender a seleção europeia.

“Eu tinha 19 para 20 anos e pensei: ‘Deixa eu pensar mais um pouquinho’. Cresci vendo Ronaldinho, Ronaldo, Rivaldo… o sonho de toda criança brasileira é vestir a Amarelinha. Então foi um choque de realidade”, contou.

No entanto, o atleta disse que a decisão foi tomada com base na própria trajetória e nas origens familiares.

“Acabei decidindo pela Itália pelo meu percurso e pelo sangue italiano. Aprendi muito lá, é um país que amo. Sinto que parte de mim é italiana, tenho hábitos e manias mais italianos que brasileiros”, disse ao UOL.

Flamengo como vitrine e o sonho de voltar à seleção italiana

O volante, que hoje veste o Manto Rubro-Negro, também contou ao repórter do UOL que um dos motivos de ter assinado com o Flamengo foi justamente a visibilidade que o clube oferece.

“Essa foi uma das razões para eu vir para um clube como o Flamengo: estar em evidência. Estou me dedicando bastante para estar pronto se chegar uma nova convocação”, afirmou.

Vida familiar entre Brasil, Itália e Inglaterra

Casado com a irlandesa Catherine Harding e pai de filhos nascidos na Europa, Jorginho revelou como lida com a mistura cultural em casa.

“Ah, mistura tudo, né? Tento pegar o melhor de cada um. Em casa a gente fala mais inglês, porque minha esposa é britânica e as crianças nasceram lá. Agora estão aprendendo português e adoram a culinária brasileira — e, claro, a italiana, que é maravilhosa (risos). É uma mistura total”.

De Imbituba para o mundo

Hoje ídolo de uma das maiores torcidas do planeta, Jorginho nunca esquece suas origens simples em Imbituba. A história do menino que enfrentou o frio europeu e a saudade de casa para realizar um sonho serve de inspiração — e agora pode ganhar um novo capítulo, à beira do campo, comandando equipes como técnico.

Fonte: Entrevista exclusiva concedida por Jorginho ao repórter Bruno Braz, publicada no UOL.

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