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À FLOR DA PELE: Mídia e ansiedade têm relação? A filósofa Érika Bernardes escreve sobre os efeitos das mídias na ansiedade humana

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Coletânea Ansiedade Contemporânea: Mídia e Ansiedade têm relação?

Primeiramente, devemos entender quais os tipos de mídia estão mais fortes na atualidade: as Redes Sociais e a Rede Televisiva. Este artigo será dividido em dois tópicos, o qual levará a informação que quero repassar a você.

Rede Social

Após ler alguns artigos sobre o tema, descobri um transtorno que jurava ser criado por “modinhas” – o que é a opinião sem embasamento, né? – O Transtorno de Ansiedade de Mídia Social, segundo a psicóloga Mariângela Guerra, existe, e grande parte da população americana sofre por isso. 

“Esse transtorno é identificado quando uma pessoa fica ansiosa quando não consegue checar sua conta de rede social”, conta Mariângela. 

Uma pesquisa recente mostra que os brasileiros desbloqueiam o celular, em média, 78 vezes ao dia. Entre pessoas com idades entre 18 e 24 anos, esse número é ainda maior, subindo para uma média de 101 vezes ao dia. Esse transtorno pode ser identificado apenas pelo fato de, ao se distanciar das redes por um curto período de tempo, gera na pessoa, uma ansiedade severa, como se estivesse com abstinência de drogas. Estudos comprovaram que o vício em internet causa mudanças no cérebro, semelhantes às pessoas viciadas em álcool, cocaína e maconha. Ter a necessidade de estar com seu celular 24 horas por dia para verificar as redes sociais, negligenciar o trabalho ou a escola para uso das mídias e perder o interesse em outras atividades, são alguns sintomas deste transtorno. Com isso, a pessoa deixa de aproveitar a vida real, podendo custar relacionamentos, empregos e educação – como vimos no artigo Memória do Séc. XXI.Sintomas físicos muito comuns em quem têm este transtorno são dores no pescoço, afetando a coluna cervical e a postura, dores nas mãos por digitar e deslizar a tela constantemente podendo causar inflamações das articulações, dores no punho por realizar movimentos repetitivos no celular e, por fim, o sono é prejudicado, graças à luz emitida pelos celulares que ativam os neurônios, o que resulta em ansiedade e insônia. Sintomas de saúde mental também são comuns neste tipo de transtorno, pois o abuso pode causar depressão, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade(TDAH), transtorno impulsivo, problemas com o funcionamento mental, paranoia e solidão. Há também uma grande pressão em compartilhar as coisas que acontecem em sua vida. Você acaba  comparando sua vida com de outras pessoas e se perguntando: “O que eu tô fazendo da minha vida?” Sintomas comportamentais como narcisismo, isolamento social, descontentamento e distanciamento da vida real e das relações familiares, o qual pode acarretar em problemas emocionais e dificuldade de comunicação. 

Rede Televisiva

A mídia televisiva também influencia na nossa saúde mental, pois, por estratégia de marketing, eles colocam maior ênfase nos acontecimentos para gerar emoções fortes nos telespectadores. Isso não é errado, afinal eles estão vendendo o produto deles, estão fazendo seu trabalho. Porém, a forma como uma parcela do público recebe, acaba não sendo tão saudável, afinal certas notícias podem gerar ansiedade, revolta, tristeza e depressão… Quem não ficou apreensivo com os aumentos da gasolina, alimentação, energia, entre outros? Isso gera uma carga de preocupação insana, e a forma que é informado ao público, acaba sendo mais prejudicial. E os problemas políticos então, nem se fala. Famílias estão brigadas por conta de divergências de opiniões políticas, sendo que os políticos não dão a mínima para isso. 

Um grupo de pesquisadores da Universidade de Queensland, na Austrália, concluiu que o hábito de assistir TV por uma média de seis horas diárias, pode encurtar a vida das pessoas em até cinco anos, pois ao passar muito tempo na frente das telas, a pessoa torna-se sedentária, acompanhada de uma alimentação pouco nutritiva – geralmente comidas embutidas e prontas – e sensações de vício, seguido de ansiedade. E a nível emocional, perdem a paciência com facilidade ao ler um jornal com a matéria completa, preferem o “resumo do resumo” da mídia, o que torna as pessoas mais donas da razão com argumentos resumidos. A praticidade de obter informações curtas é o ponto de manipulação para qualquer mídia. Os preguiçosos são as vítimas, pois a preguiça de buscar informação, estudar, e tirar suas próprias conclusões a partir de fontes seguras, é a criptonita do ser humano. 

Devemos sim ficar informados sobre as atualidades, mas a partir do momento que isso prejudica o sono e a vida de cada um, é necessário se afastar das mídias. Sejamos inteligentes em lidar com nossas reações, para que não prejudique nossa saúde. Todos já temos consciência de que redes sociais e a mídia televisa podem ser manipuladoras, então não sejamos facilmente manipuláveis. Estude o mundo à sua volta, ao invés de falar sem saber e conhecer o assunto a ser discutido. Tire suas próprias conclusões a partir de fontes seguras (e até mesmo fontes não seguras para fazer um balanço), pesquise em jornais de diversos estados, crie sua própria opinião baseado em seus estudos, mas não seja manipulado por verdades da internet, da televisão ou qualquer outra fonte de informação resumida.Lembro muito de um tema de Filosofia do 1º ano do Ensino Médio, que explicava o que era a Falácia: uma mentira que, falada por diversas vezes, se torna verdade. Sabem aquelas pessoas que nos enganam pela lábia? Exatamente. Que possamos então filtrar cada assunto que é abordado, na internet e na televisão, para que não prejudique nossas conclusões de vida, nosso relacionamento com os familiares e amigos, e os principais: a saúde física e mental.

Sobre a Colunista

Sou Érika dos Reis Bernardes, – oiii – tenho 21 anos e sou uma “fisólofa” – isso mesmo que você leu, não é erro de digitação. Já que não tenho estudo acadêmico a ponto de filosofar como Platão, Aristóteles, entre outros filósofos, prefiro me enquadrar no senso comum de pessoas que dão pitaco em tudo. 

Uma ‘jovem adolescente’ que ama estudar seu próprio comportamento e que tem prazer em filosofar sobre a vida. Passei boa parte dos meus 21 pensando e aprendendo, principalmente no período em que lutava para me recuperar de um AVC ocorrido, em 2012, assim que cheguei a Imbituba, na escola. Que me acarretou em graves limitações físicas. Tive complicações como hidrocefalia e durante anos precisei reaprender a andar e a falar. 

Nas colunas abordo assuntos que mexem com a cabeça de qualquer adulto: A MENTE DE UM ADOLESCENTE E DO JOVEM. Nestes textos que escrevo semanalmente, trago a verdade nua e crua de um adolescente, mas de uma forma mais poética e dramática, típica do universo Teen. Mostro também minha visão de mundo, em relação a questões sócio culturais que nos atingem. Sem defender os jovens, mas também sem passar a mão na cabeça dos adultos.

Sim! Sou uma guria que recém saiu das fraldas que quer dar uma de “sabe tudo” no Portal! Talvez? Quem sabe? Quem sou? Pra onde vou? Quem fui?

À Flor da Pele é, com toda certeza, o sinônimo de adolescência e juventude. Hormônios, vida, arte, drama, rock’n’roll, sexo, teorias, ideologias que explodem na mente e no corpo dos jovens. Como saber lidar com tudo isso? Mostro o quão neutros precisam ser os pais nessa fase. E o quão conhecedores de si mesmos, os jovens precisam ser para passar por essa incrível saga.

Opinião:
Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal AHora

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