A Polícia Federal cumpriu na manhã desta terça-feira (23) mandados de busca e apreensão em endereços de oito empresários brasileiros que compartilharam mensagens golpistas em grupo de um aplicativo de mensagens.
Entre eles Marco Aurélio Raymundo, o Morongo (Mormaii), de Garopaba, e Luiz André Tissot (Grupo Sierra), que tem casa na Praia da Vigia, também em Garopaba. O catarinense Luciano Hang (Havan) também está na lista.
Além da busca e apreensão, o ministro do STF Alexandre de Moraes, que autorizou o cumprimento dos mandados, determinou ainda a quebra de sigilo bancário, bloqueio das contas bancárias, bloqueio das redes sociais e tomada de depoimentos.
Os empresários, apoiadores de Jair Bolsonaro, passaram a defender abertamente um golpe de Estado, caso Lula seja eleito em outubro, derrotando o atual presidente.
A possibilidade de ruptura democrática foi o ponto máximo de uma escalada de radicalismo que dá o tom do grupo de WhatsApp Empresários & Política, criado no ano passado e cujas trocas de mensagens vêm sendo acompanhadas há meses pela Justiça.
A defesa explícita de um golpe, feita por alguns integrantes, soma-se a uma postura comum a quase todos: ataques sistemáticos ao Supremo Tribunal Federal (STF), ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a quaisquer pessoas ou instituições que se oponham ao ímpeto autoritário de Jair Bolsonaro.
Os mandados foram cumpridos em cinco estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Ceará.
Completam a lista Afrânio Barreira Filho (Coco Bambu), Ivan Wrobel (W3 Engenharia), José Isaac Peres (Multiplan), José Koury e Meyer Joseph Nigri (Tecnisa).