Os brinquedos coloridos na prateleira surpreenderam. “Isso é tudo pra gente brincar?”, perguntava o pequeno Guilherme Coutinho. Com oito de anos de idade, ele é uma das crianças que, a partir de agora, recebe apoio do Atendimento Educacional Especializado (AEE). O espaço foi inaugurado nesta segunda-feira, 30, e representa um avanço importante na Educação da cidade.
“Olhar para tudo isso é perceber o horizonte se abrindo, porque com tudo isso, meu filho poderá ir muito mais longe”, revela a mãe do Gui, Danielli Coutinho.
O espaço era um sonho dela, de diversas famílias e pedagogas do município.
“Tudo isso era uma vontade de muitas pessoas, baseado em um direito e que, de hoje em diante, é garantido pelo Governo de Garopaba. É um momento muito especial”, conta a coordenadora da Educação Especial, Elicéia Flor dos Santos, emocionada em ver o lugar ganhar vida.
Além dela, a equipe do AEE é formada por uma coordenadora de libras, quatro pedagogas especializadas, uma psicóloga e uma assistente social. São profissionais que vão atender até 68 crianças da rede municipal de ensino, sendo que já existem 49 alunos matriculados. Tudo isso só é possível, porque o novo espaço físico é amplo, além de cozinha, há recepção, salas de recursos pedagógicos, da coordenação, e para atendimento individual e em grupo, que duram até 50min e 1h30min, respectivamente. O acompanhamento educacional ocorre duas vezes por semana, e é baseado em brincadeiras, atividades disciplinares, e ações que estimulam o desenvolvimento do cidadão.
Público-Alvo
Estudantes a partir de 6 anos de idade, que comprovem matrícula e frequência na rede municipal de ensino de Garopaba. É necessário apresentar laudos diagnósticos de deficiência. Os alunos também podem ser encaminhados pela Equipe Multidisciplinar, após estudo de caso. O público-alvo são crianças com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), Transtorno de Espectro Autista (TEA), e/ou deficiências intelectual, auditiva, visual e física.
Menos preconceito, mais apoio
Assim, diversas famílias de Garopaba passam a contar com suporte na caminhada de inclusão dos filhos.
“Acho muito importante que as pessoas passem a enxergar os nossos pequenos, muita gente ainda faz pouco caso e discrima”, revela a avó Maria Aparecida, moradora do Morro do Fortunato, que cuida do Luis Dutra desde os quatro anos do neto.
Por isso, ver a alegria do pequeno diante de um espaço tão bonito, fez a Cida, como é conhecida, se emocionar. “Faz toda diferença receber esse apoio”, finaliza.