A cidade de Imbituba é, historicamente, terra de diversos artistas de renome regional e estadual, nos campos da literatura, música, teatro e até nos esportes, fenômeno cultural tão importante no nosso país. Uma das cenas musicais que vem ganhando destaque na cidade ao longo dos últimos anos é o Rap e um dos nomes tradicionais, há mais de uma década produzindo músicas levando o nome de Imbituba, é Alexsanndher Pereira, o Fiel do Rap.
Com um talento que impressiona nos shows e nos videoclipes disponíveis em plataformas de música da internet, Fiel do Rap vive o momento mais especial da carreira de mais de 10 anos, chamando à atenção da maior rede odontológica do mundo, a OdontoCompany, que, mesmo há menos de um ano em Imbituba, já vem apoiando o artista local, ajudando a impulsionar o trabalho do rapper.
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“É muito importante receber o apoio da Odontocompany em minha carreira, ajuda na divulgação do meu trabalho no Rap de Santa Catarina, consequentemente com essa visibilidade novas portas e oportunidades na cidade de Imbituba e toda região. Mostrando a cultura do Rap, atingindo um publico ao qual não conhecem o meu trabalho”, conta Fiel.
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“Para nós, da Odontocompany, é uma grande satisfação ajudar a cultura local. Acreditamos nos valores regionais, o nosso intuito é incentivar a cultura e os talentos. É um privilégio ter como parceiros pessoas que nos surpreendem com seus ideais”, explica o Dr. Thiago Silva Franco Teixeira.
O início na música
Nascido em 1995, Fiel conheceu o Rap em 2006, enquanto participava de um projeto no Bairro Nova Brasília, no Ginásio Municipal Paulo Roberto Martins, popularmente conhecido como Ginásio da Limpa, chamado Segundo Tempo. Ali, segundo ele, dois professores faziam um projeto de Basquete e traziam o Rap como filosofia.
“Eles mostravam o som deles, faziam projetos de música, e ali eu me interessei pelo Rap. Comecei a rimar na hora, com batidas do YouTube. Entrei na parada da música, do rap nacional. Neste mesmo ano, o marido da minha tia, que era catador de reciclagem, achou um CD do Da Guedes, um grupo de Rap do Rio Grande do Sul, muito conhecido, e me deu. Comecei a escutar o trampo dos caras e cresceu em mim essa fome pelo rap nacional. Desde o começo, me chama a atenção a possibilidade de rimar na hora, de me expressar na hora”, comenta.
A empolgação de participar se transformou em paixão por produzir e, quando perguntado sobre a inspiração para a composição, Fiel mostra o impacto da vivência na produção artística. Segundo ele, todas as suas músicas são baseadas na própria história de vida.
“Eu vivi os dois lados da vida, o bom e o ruim. Tudo o que eu falo, eu vivi. O que eu passo nas minhas letras? Para a rapaziada nova não entrar no crime, não se iludir com isso. Procurar ter um progresso, estudar. Que tenha sua própria marca de roupa. Se quer ser um artista, que corra atrás disso. Se tem vontade de ir para outro país, que corra atrás disso. Mas não deixar o crime dominar a mente, tirar o sonho deles. Meu Rap é isso: incentivo para molecada, tá ligado?”, coloca o rapper.
Segundo o cantor, a música passa por uma atividade de que chama de “voz ativa”, a capacidade de agir e comunicar, expressar e apontar o “recado”. Inspiração para gerações mais jovens de Imbituba, Fiel está há 12 anos fazendo Rap na cidade, sempre citando a realidade local em suas abordagens. Ele ainda amplia citando a necessidade de se falar para as pessoas que o Rap não é crime, a barra pesada, mas um contexto muito mais amplo e ainda marginalizado dentro de uma sociedade que prefere fechar os olhos para realidades desconfortáveis do Brasil.
“Rap também tem sua parte de projetos sociais, ajudar as pessoas. Já fiz muito show beneficente, arrecadando alimentos, roupa, Natal Solidário. A visão é esta. Mostrar as qualidades do rap, que abre portas, renova caminhos, como fez comigo”, pontua o artista.
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Em 2016, Fiel fez uma viagem que mudaria o rumo da sua carreira. Com a intenção de assistir ao show do rapper americano Ja Rule, o cantor imbitubense viajou a São Paulo, mas não esperava receber a oportunidade de participar do mesmo evento que a estrela internacional, na casa de show Audio Club. A viagem ainda rendeu um clipe no Brooklin Sul, “quebrada do nosso eterno Sabotagem, maestro do Rap nacional”, como relata o artista imbitubense.
Público Alvo
Fiel não se porta como se não entendesse os desafios da sua profissão e do gênero musical que usa como plataforma de expressão. Para ele, durante todos os anos de estrada, é bastante claro que sempre atingiu mais o lado esquecido pela sociedade, que são as famílias da favela, de baixa renda, em suas próprias palavras, “nas quebradas e comunidades”. Hoje em dia, no entanto, afirma estar atingindo outro público, que ocupa mais prestígio dentro da sociedade e que, segundo ele, “seguiu rumos diferentes na vida”.
“A minha música é feita para atingir os dois públicos. Sejam pessoas mais velhas ou mais novas. Eu tento passar os dois lados da moeda, as duas faces da vida, o que é bom e o que é ruim. Principalmente para que quem ouve tenha a oportunidade de pensar duas vezes antes de escolher, optando direcionar a vida pelo caminho do bem, de luz e prosperidade. E faço isso pelas pessoas que vivem à minha volta, não só para mim. Hoje, no Brasil, esses estilos que eu faço, o Boom Bap e o Real Trap, são as paradas mais faladas na questão do YouTube. É o que tá na cena e as pessoas estão escutando, mais velhas ou mais novas. E eu passo isso, tendo uma visão sem muita agressividade, para que as pessoas possam entender na hora o que eu quero dizer, pra não criar resistência. Para que pare e pense: ‘Esse cara sabe o que está fazendo’, e escute a minha música uma vez, duas, três, quatro”, finaliza.