No fim de semana, entre os dias 07 e 09 de novembro, integrantes do Movimento Fora Cattalini visitaram a cidade de Paranaguá, no estado do Paraná, para conhecer de perto o local onde está instalado a matriz da empresa Cattalini Terminais.
A visita se deu a convite de moradores da cidade paranaense, que há anos lutam contra a permanência da empresa na cidade, destacando o descaso e abandono promovidos por ela. Os imbitubenses conheceram o local onde em 2004 um enorme e trágico acidente, que matou quatro pessoas e transformou completamente a baía de Paranaguá, prejudicando a pesca e a vida marinha.Explosão em navio deixou marcas no meio ambiente e na populaçãoAlém da destruição causada pela explosão do navio chileno Vicuña, que assustou moradores no dia 15 de novembro de 2004 e comprometeu todo o local, os imbitubenses também viram de perto o dano ambiental que deixou pescadores e moradores em maus lençóis. Até hoje poucos foram indenizados pela empresa e os que foram receberam um valor bem abaixo do estipulado à época pela Justiça.Comitiva imbitubense constatou que próximo aos terminais da empresa há diversas residências abandonadas, as quais perderam boa parte da valorização do seus imóveis, sem contar que não há um plano de indenização ou acordo para remanejamento das moradias.Além disso, de acordo com os paranaguaenses, o forte cheiro de produtos desconhecidos, e o descaso sanitário e urbano, conforme integrantes da comitiva, o que mais os impressionou foi a proximidade dos gigantescos galões de residências e áreas comerciais. Ainda assim, alguns moradores convivem em alto risco próximos as instalações.Para o advogado Mário Teixeira Filho, o Marinho, um dos integrantes do Fora Cattalini presentes em Paranaguá “é inconcebível um empreendimento deste porte em Imbituba, dado a todas as normas já quebradas em Paranaguá, e o tipo de desenvolvimento que queremos para Imbituba. Tanto risco, tanto investimento, tanta insegurança, para tão poucos empregos, não vale nem um pouco a pena“.